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Figuras de Linguagem - H. Mendonça
Figuras de Linguagem - H. Mendonça

OS MAESTROS

 

(Poema e Figuras de Linguagem)

 

Hilton Mendonça

 

 

ÍNDICE

 

1. Palavras do Autor.................................................................     xx

2. Poema Os Maestros.................................................................     xx

3. Desafio Literário...................................................................    xx

4. As Figuras de Linguagem......................................................    xx

5. A Interpretação do Poema..................................................      xx

6. Biografia........................................................................            xx

7. Bibliografia.............................................................................   xx

 

  

PALAVRAS DO AUTOR

 

Não é fácil, realmente, escrever conforme as leis gramaticais, as quais são demasiadamente numerosas. Só mesmo a prática e o queimar diário de pestanas vão nos dando uma relativa segurança na produção correta dos nossos textos.

 

O Brasil tem obtido notas muito baixas nas avaliações do Pisa – Programa Internacional de Avaliação de Alunos, e o Maranhão, dentre os Estados brasileiros aferidos, está sempre ocupando os últimos lugares.  

 

Por outro lado, é oportuno mencionar que tanto os leitores quantos os escritores devem ter conhecimento das figuras literárias, para melhor avaliar e interpretar os textos lidos. Elas, as figuras de linguagem, motivaram-me a construir o poema Os Maestros, e nele fiz uso proposital de várias delas, aqui comentadas.

O que efetivamente acontece Brasil afora é o lamentável despreparo e desinteresse da família (principalmente), dos alunos e das pessoas adultas, pela leitura, pela norma gramatical e pela produção de textos. Quase ninguém lê neste Estado maranhense!

Fala e escreve melhor quem marca mais encontros com bibliotecas, livrarias, bancas de revistas, jornais, bons sites e bons textos.

 

Hilton Mendonça. Advogado. OAB-MA nº 5.099

 

 

OS MAESTROS

 

 

 

Nos anos setenta,

Sob os últimos olhares do poente,

Os ararienses ouvíamos Tchaikovsky.

 

 

A sinfonia era

“Concerto para piano”

(Tan-tan-tan-taaan,

taaan,taraaan

Taran-tan-tan-taaan...).

 

 

Espargia-se na praça a melodia

E ondulava o Mearim,

A partir das dezessete.

 

 

O azul e branco que vestíamos

Emocionavam-se

com os acordes dela.

 

 

Por que Arari não executa mais

esse concerto?

 

Simplesmente porque “Tchaikovsky,

vindo das colinas,

saiu de cena em 22 de abril de 98”.

 

 

 

 

 

AS FIGURAS DE LINGUAGEM

DO POEMA

 

 

Sob os últimos olhares do poente

 

Todas as palavras dessa oração podem ser substituídas por uma só: entardecer.

 

Nos anos setenta,

No entardecer...

 

Escrever apenas NO ENTARDECER deixaria o verso estilisticamente pobre. Então, melhor foi valer-me de um torneio de palavras para expressar a idéia de entardecer. Decidi criar uma espécie de sinônimo para entardecer, optando pela frase sob os últimos olhares do poente.  Ao fazer isso, fiz uso da PERÍFRASE.

 

CONCEITOS DE PERÍFRASE: Figura de pensamento que substitui uma palavra por várias outras para expressar uma idéia.

 

EXEMPLOS:

PALAVRA/NOME

 TORNEIO/FRASE

Entardecer

Últimos olhares do poente

Morte

Sombra negra que a todos envolve

Gananciosos

Pessoas que tudo querem

1947

Curso do sol catorze vezes cento,/Com mais noventa e sete

Língua Portuguesa

Última flor do Lácio

Paris

Cidade luz

Lepra

Mal de Lázaro

Bíblia

Livro sagrado

 

Quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de antonomásia.

Ex.:   - O Príncipe dos Poetas = Olavo Bilac

- O Presidente dos Pobres = Getúlio Vargas

- Darwin = O homem que matou Deus.

- Hitler = Mal absoluto

 

 Os ararienses ouvíamos

 

Decoramos ao longo da vida que o sujeito e o verbo têm de marchar no mesmo passo; não podem desafinar nessa orquestra gramatical que entoa o som da retórica. Quando, então, nos deparamos com frases como os ararienses ouvíamos, ela parece pisar depois do bumbo. Mas essa sensação de estranhamento só toma conta dos leitores (e escritores) que “já terminaram os estudos”.

A interpretação literal, aquela que fica somente nos termos expostos pelo enunciado, pode levar o incauto a julgar equivocada a construção da frase. O sujeito os ararienses corresponde ao pronome eles. O complemento dessa frase é o verbo ouvir, que, de par com o pronome citado, deveria ser conjugado na terceira pessoa do plural, ouviam. Mas não foi! Eu optei por conjugá-lo na segunda pessoa do plural, ouvíamos, que casa com o pronome nós. Claramente sujeito/pronome e verbo não combinaram; não se alinharam. Nem por isso, a concordância está errada. O que nos garante afirmar a correção da frase estudada é entender que ela contém uma SILEPSE DE PESSOA.

 

Centenas de estudantes se dirigiam para o Colégio Arariense, onde estudavam. Antes do início das aulas, eles ouviam várias músicas, tocadas pela Voz de Arari. Entre os ouvintes ararienses, estava eu. Por isso, como eu também ouvia as músicas, construí a frase os ararienses ouvíamos para deixar clara essa idéia. Se não pretendesse estar no rol dos ouvintes, teria dito apenas os ararienses ouviam.

 

CONCEITO DE SILEPSE DE PESSOA:  É a figura de construção na qual a pessoa que fala também se insere na afirmação que faz.

 

 

EXEMPLOS:

                    FRASE

                   IDÉIA

Os que adoramos esse ideal, nele vamos buscar a chama incorruptível.

A frase é de Rui Barbosa, que se incluiu entre aqueles que adoram o ideal da verdade.

Ficamos por aqui, insatisfeitos, os amigos.

Belíssima construção de Drummond, um dos amigos insatisfeitos do texto.

Aliás todos os sertanejos somos assim.

Raquel de Queiroz é quem usa a silepse de pessoa nesta frase.

 

Ouvíamos Tchaikovsky

 

A rigor, nós, ararienses, nunca ouvimos Tchaikovsky; desconhecemos completamente como era a voz dele. O que nós ouvíamos, naquela época, era a música tocada por ele. O emprego da metonímia ocorreu por substituição da música executada pelo autor dela.

 

CONCEITO DA METONÍMIA USADA: é a figura de palavra em que se emprega o nome do autor em substituição ao da obra por ele realizada.

 

EXEMPLOS

FRASE

IDÉIA

 

Ela comprou um Rembrandt

Rembrandt é o autor, que substitui a obra. O que foi comprado foi um quadro pintado pelo holandês.

Gosto de ler Richard Dawkins.

Leio os livros escritos por Dawkins, entre eles, Deus, um delírio.

 

 

De modo mais amplo, na metonímia ocorre um “processo que se baseia numa contigüidade, ou extensão de uma realidade em relação a outra”. Nessa figura, um termo substitui outro por haver entre eles uma relação visível de dependência ideológica. Daí afirmarem que a metonímia consiste no emprego de causa pelo efeito, abstrato pelo concreto, continente pelo conteúdo, autor pela obra etc.

 

Na pág. 52 da obra Anotações sobre Linguagem, as ilustres professoras Maria Rita Santos, Sônia Almeida, Graça Faria, Graça Corrêa, Veraluce dos Santos, Ana Lúcia dos Angelos e Jaciara Botelho, falam da metonímia ao estudar o poema Amputação no Colégio de São Luís, de autoria de Nauro Machado. O texto sob enfoque é “Quem me escreverá agora que perdi/ Minha caneta azul de sangue e mar?” Ensinam as mestras que “Sangue é metonímia de vida, que é experiência, que é consciência e que é sofrimento sangrado na caneta, que é palavra poética”.

  

Tan-tan-tan-taaan,

taaan,taraaan

Taran-tan-tan-taaan...

Estamos diante de uma onomatopéia. Todo esse conjunto de palavras foi impresso para lembrar o som de parte da sinfonia do compositor russo, Tchaikovski, melodia essa que mais marcou os ararienses, naqueles idos da década de setenta.

 

CONCEITO DE ONOMATOPÉIA: figura de som em que uma palavra ou um conjunto de palavras evidenciam um ruído ou algum som.

 

Como exemplo, eis o poeminha, de nossa autoria:

 

AMÁVEIS VISITANTES

 

O sabiá me visita: fió-fió, fió-fió.

Rolinhas, de vasto esplendor,

Andam por aqui: fogo-pagô, fogo-pagô.

Um notável artista chega a pousar

Na minha varanda!: bem-te-vi, bem-te-vi.

Um raro pequenino,

invisível num pé de bacuri,

faz-me lembrar dos tempos de menino:

vim-vim, vim-vim.

Sob um filete heróico de capim,

Ao fundo dos quintais,

Um tenor canta a epopéia:

Siricora-siricora, siricora-siricora.

Essa gente assim onomatopéica,

vêm cá onde o poeta mora,

sossegar a alma que por isso implora.

 

Espargia-se na praça a melodia

 

A melodia espargia-se na praça. Essa é a ordem natural e direta do período, mas preferi iniciar a frase pelo verbo enclítico.

 

A inversão da ordem da oração conferiu maior expressividade ao texto e fugiu da incômoda simplicidade literária. Esse plus linguístico com o qual alinhavamos o período é que chamamos de hipérbato ou inversão.

 

EXEMPLOS:

FRASE

ORDEM DIRETA

Passeiam, à tarde, as belas na Avenida (Drummond)

As belas passeiam na Avenida à tarde.

Bendito o que, na terra, o fogo fez, e o teto (Olavo Bilac)

Bendito o que fez o fogo e o teto na terra.

Enquanto manda as ninfas amorosas grinaldas nas cabeças pôr de rosas (Camões)

Enquanto manda as ninfas amorosas pôr grinalda de rosas na cabeça.

 

A partir das dezessete.

 

 Nessa oração, eu informo o horário em que começávamos a ouvir o Concerto para Piano, nº 1, de Tchaikovsky, mas omiti uma palavra, facilmente identificada, ao final do período. Essa omissão proposital da palavra horas é que caracteriza o uso da ELIPSE.

 

CONCEITO DE ELIPSE: é a figura de sintaxe que omite um termo ou uma oração inteira, ambos identificáveis pelo contexto.

 

EXEMPLOS:

FRASE

TERMO/ORAÇÃO OMITIDA

Na rua deserta, nenhum sinal de bonde (Clarice Lispector)

 Não havia. (Não havia nenhum sinal de bonde)

Como estávamos com pressa, preferi não entrar.

Omissão dos pronomes nós e eu (Como nós estávamos com pressa, eu preferi não entrar).

Na classe, apenas um aluno estudioso.

Está oculto o verbo haver (Na classe, havia apenas um aluno ...)

 

O azul e branco que vestíamos

Emocionavam-se

A emoção é um sentimento próprio dos seres humanos. Uma cor é um ser sem vida, inanimado, que não pode jamais se emocionar. Só a utilização da prosopopeia (ou personificação) torna isso possível, pois ela é um recurso cujo fim é exatamente dá vida a seres que não a possuem, ou atribuir a eles características dos seres vívidos.

 

CONCEITO DE PROSOPOPEIA OU PERSONIFICAÇÃO: é a figura de linguagem que consiste em emprestar vida aos seres inanimados, fictícios, ausentes ou mortos (Sebastião Cherubim).

 

EXEMPLOS:

FRASE

AÇÃO ATRIBUÍDA

A tarde chora a ausência dela

O autor atribuiu à tarde a característica humana de chorar.

As estrelas nos espiam lá de cima

Estrelas não possuem olhos para espiar pessoas e coisas. São seres inanimados.

Olha o Tejo a sorrir-me (Fernando Pessoa)

O rio tejo olha e sorri, ações próprias dos seres vivos.

 Diz ainda Cherubim, na obra Dicionário de Figuras de Linguagem, que a personificação “é a figura, por excelência, de ficção, dos mitos, das histórias (estórias) maravilhosas e narrações infantis”.

 

 

 

Por que Arari não executa...

 

Arari é um município, uma cidade ribeirinha que, a rigor, não pratica ação alguma; é incapaz, portanto, de executar uma sinfonia ou o que quer que seja. Ao perguntar Por que Arari não executa mais esse concerto?, manejei a personificação, atribuindo ao ser inanimado — Arari — a prática de uma ação que só pode ser realizada por quem tem vida humana, único ser capaz de executar uma sinfonia, como aquela.

 

OUTRO CONCEITO DE PROSOPOPEIA: é a atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados (Luiz Antonio Sacconi).

  

OUTROS EXEMPLOS

 

 

A madrugada dorme em paz

A avenida acordou cedo.

A noite executa o concerto dos justos

O rio Mearim corre para cima e para baixo

A raposa disse algo que convenceu o corvo

As árvores são imbecis: se despem justamente quando começa o inverno.

 

saiu de cena em 22 de abril de 98”

 Saiu de cena está no lugar de morreu. Padre Clodomir Brandt e Silva, o outro maestro, por mim aqui chamado de Tchaikovsky, morreu no dia 22 de abril de 1998. E era ele quem levava aos nossos ouvidos, nos idos dos anos setenta, o concerto para piano, do músico russo. Empregar o termo morreu soaria muito desagradável, razão pela qual optei pelo uso do eufemismo, visando a suavizar o fato da morte do educador imortal.

 

O uso dessa figura tem o grande mérito de evitar sérios problemas em nossas vidas. Vivemos discordando, repreendendo e falando sobre outras pessoas. Imprescindível, pois, discordar, repreender e falar, sem sermos grosseiros, chocantes.

 

CONCEITO DE EUFEMISMO: é a palavra ou expressão empregada para suavizar, atenuar, o sentido áspero, rude, imoral ou desagradável de uma fala ou de uma declaração formal.

  

EXEMPLOS:

PALAVRA OU EXPRESSÃO

SENTIDO RUDE

 

Aquela mulher se deita com qualquer um...

O autor lançou mão da expressão se deita para não usar os palavrões fode, trepa, aqui mencionados apenas para enfatizar a importância do eufemismo.

— Como está o teu pai? —Meu pai já descansou.

O verbo descansar atenua o impacto  causado por outro verbo: morrer.

 

 

Tu faltaste com a verdade.

 

A expressão faltaste com a verdade substitui o verbo mentir. Tu mentiste/és mentiroso seria uma afirmação áspera, agressiva.

Aquele prefeito se apropriou do dinheiro público.

Apropriar-se abranda a afirmativa dura de furto/roubo/ladroagem.

Vamos precisar reajustar os preços.

 

Aumentar preços é desagradável; reajustá-los causa menor impacto...

  

A INTERPRETAÇÃO DO POEMA

 

O poema se refere a mais de um personagem, como fica claro já no título, Os Maestros. Um deles está nomeado claramente no texto, o músico russo Tchaikovsky; o outro maestro é aquele que por muitos anos fez soar O Concerto Para Piano em toda a Arari: o padre Brandt.

 

Toda tarde, por volta das dezessete horas, o padre Clodomir comandava o serviço de alto-falante, cujo som, além de invadir o rio Mearim, alastrava-se pela praça, onde os estudantes se reuniam antes de adentrar o colégio.

 

Eu e os demais alunos vestíamos a conhecida farda azul e branca, e eram os alunos, inclusive eu, as pessoas que ficavam emocionadas ao ouvir a sinfonia.

 

No entanto, nunca mais o concerto foi executado em Arari, tanto pela desativação da voz paroquial quanto pela morte (saída de cena), em 22/4/1998, do padre Clodomir, que eu chamei, no poema, de Tchaikovsky, pondo entre aspas a frase “Tchaikovsky, vindo das colinas, saiu de cena em 22 de abril de 98”, para alertar o leitor que essa parte do poema não se refere a Piotr Il` yich Tchaikovsky, que morreu em 6/11/1893.

 

O pe. Brandt, como sabemos, nasceu na cidade de Colinas - Maranhão, por isso a expressão vindo das colinas, e para a cidadezinha do Arari se mudou ainda na década de 1940.

 

22 de abril de 98 é a data do falecimento do importante educador e escritor, Brandt e Silva.

 

   

BIOGRAFIA

  

Hilton Mendonça nasceu no dia 14/12/1961.  Em Arari-Maranhão fez todo o ensino fundamental de hoje. Foi funcionário do Banco do Brasil S/A por treze anos. Naquela instituição, exerceu as funções de fiscal, caixa e gerente de expediente, tendo, ainda, recebido treinamento em Grafoscopia, Noções de Administração, Noções de Contabilidade, Análise de Balanço, Negociação, Matemática Financeira etc.

 

Passou duas vezes no vestibular para cursar Letras, na Universidade Federal do Maranhão, chegando a concluir mais de uma dezena de cadeiras nessas duas oportunidades, mas só colou grau em Direito, tornando-se advogado militante, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Maranhão, sob o nº 5.099.

 

É casado com Lílian Theresa R. Mendonça, também advogada, com quem tem três filhos, Amanda, Mateus e Lucas.

 

Tem os seguintes trabalhos publicados: 1) Odylo Costa, filho; 2) Julgados do Tribunal Trabalhista do Maranhão; 3) Julgados das Turmas Recursais do Maranhão; 4) Justiça Gratuita; 5) Alvorecer Intelectual; 6) DVDs da Segunda Guerra Mundial.  

 

 

BIBLIOGRAFIA

  

1.        BRANDÃO, Roberto de Oliveira. As Figuras de Linguagem. 1.ed. São Paulo, Editora Ática, 1989.

 

2.        CHERUBIM, Sebastião. Dicionário de Figuras de Linguagem. 1. ed. São Paulo, Livraria Pioneira Editora, 1989.

 

3.        GUIMARÃES, Hélio de Seixas e LESSA, Ana Cecília. Figuras de Linguagem – teoria e prática. 1. ed. São Paulo, Atual Editora, 1988.

 

4.        Paschoalin & Spadoto. Gramática – teoria e exercícios. 1. ed. São Paulo, Editora FTD, 1989.

 

5.        Rede Pitágoras. Fascículo para Ensino Médio. Língua Portuguesa – Figuras de Linguagem. Belo Horizonte, Editora Universidade, 2003.

 

6.        SANTOS, Maria Rita, ALMEIDA, Sônia, FARIA, Graça, CORRÊA, SANTOS, Vera Lúcia dos, ANGELOS, Ana Lúcia dos e BOELHO, Jaciara.  Anotações sobre Linguagem. São Luís, Lithograf, 2000.

 

7.        SACONNI, Luiz Antonio. Nossa Gramática – teoria e prática. 25ª ed. São Paulo, Atual Editora,1999.